O câncer de testículo é a neoplasia maligna mais comum em homens jovens (15 a 35 anos) e apresenta alta taxa de cura. Ele é classificado em dois tipos principais: seminomas e não-seminomas, com características biológicas e terapêuticas distintas.
1. O que é:
Câncer de testículo é uma neoplasia originada principalmente das células germinativas (95%), que incluem seminomas e não-seminomas. É altamente curável, especialmente quando diagnosticado precocemente.
2. Sintomas:
- Aumento ou massa indolor no testículo (mais comum).
- Dor testicular ou desconforto escrotal em casos menos frequentes.
- Sensação de peso na região escrotal.
- Ginecomastia (em alguns casos, devido à produção de hCG).
- Sintomas sistêmicos (raros, geralmente em casos avançados): dor lombar, dispneia, sintomas constitucionais.
3. Fatores de Risco:
- Criptorquidia: Maior fator de risco conhecido.
- História familiar de câncer de testículo.
- História pessoal de tumor testicular prévio.
- Infertilidade.
- Síndrome de Klinefelter (associada ao tumor de células germinativas mediastinais).
- Exposição a fatores ambientais, como pesticidas.
4. Diagnóstico:
- Exame físico: Identificação de massas ou alterações no testículo.
- Ultrassonografia escrotal: Avaliação inicial e determinação da localização e natureza da massa.
- Marcadores tumorais séricos:
Alfa-fetoproteína (AFP): Elevada em tumores não-seminomas.
hCG: Elevada em seminomas e não-seminomas.
LDH: Indicador de carga tumoral.
- TC de tórax, abdome e pelve: Para estadiamento e identificação de metástases.
- Orquiectomia inguinal radical: Padrão-ouro para diagnóstico histológico e tratamento inicial.
5. Opções de Tratamento:
Cirurgia:
- Orquiectomia inguinal radical: Tratamento primário em todos os casos.
- Cirurgia robótica (para dissecção retroperitoneal de linfonodos): Opção minimamente invasiva em centros especializados, particularmente em casos selecionados de doença residual ou estadiamento linfonodal.
Quimioterapia:
Esquemas baseados em cisplatina (BEP: bleomicina, etoposídeo e cisplatina) para doença metastática ou avançada.
Radioterapia:
Reservada principalmente para seminomas com doença limitada ou metástases retroperitoneais pequenas.
6. Prognóstico e Cura:
Altíssima taxa de cura
(>95% na doença inicial e >80% nos estágios avançados com quimioterapia).
Seminomas geralmente têm melhor prognóstico que não-seminomas.
Tratamento multidisciplinar é essencial.
7. Seguimento:
Rastreamento de recidiva: Exames clínicos, marcadores tumorais e exames de imagem regulares.
Intervalos e duração variam conforme o estadiamento inicial e tipo histológico.
Seminomas: Seguimento prolongado, pois recidivas podem ocorrer mais tardiamente.
Toxicidade a longo prazo: Monitorar efeitos tardios da quimioterapia (nefrotoxicidade, ototoxicidade) e radioterapia (risco de tumores secundários).
Para alcançar bons resultados é importante ter um bom diagnóstico.
Não esqueça de agendar agora mesmo sua consulta para tirar suas dúvidas e diagnosticar.